terça-feira, 10 de outubro de 2017

Sem equipamentos de proteção, coveiros enfrentam riscos em cemitérios

A rotina dos coveiros e demais profissionais que atuam nos cemitérios não é cercada apenas de histórias tristes e de despedidas, mas de compostos que agem silenciosamente em decorrência da decomposição dos corpos e que podem ocasionar danos à saúde.

É comum ao adentrar em cemitérios, constatar que alguns destes profissionais trabalham sem nenhum tipo de proteção, o que os deixam expostos a perigos constantes e invisíveis a olhos nus. As irregularidades são inúmeras na atuação destes profissionais e muitas vezes, eles próprios desconhecem seus direitos.

E por desconhecerem seus direitos, chegam a trabalhar sem a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), materiais que são de uso obrigatório. Estes profissionais, costumam fazer sepultamentos, exumações, limpeza dos túmulos com mãos e pés desprotegidos.

Muitas vezes, estes profissionais sequer utilizam fardamento adequado e repetem o uso destes sem passar pelos devidos asseios, quais sejam lavar e secar enquanto fazem uso de outro fardamento reserva.

É indiscutível que trata-se de uma profissão fúnebre, porém digna e honesta. Por seu zelo e préstimo à entes desconhecidos, são profissionais merecedores de todo reconhecimento por parte da sociedade. No entanto, a realidade é outra e tem despertado preocupação em órgãos fiscalizadores que tratam da Saúde e Segurança de trabalhadores. Os profissionais que trabalham em cemitérios estão sob riscos constantes, riscos biológicos e ergonômicos. No entanto, seus empregadores, em geral gestores municipais, parecem alheios a esse problema.

Os ambientes de cemitérios são semelhantes aos aterros sanitários, uma vez que em ambos os lugares são enterrados materiais orgânicos e inorgânicos. E pior, os corpos enterrados podem carregar bactérias que colocam em risco a saúde humana e o meio ambiente. Afinal, após a morte, o corpo entra em decomposição e libera substâncias tóxicas.

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