CEREST-CG realiza treinamento em notificação de doenças e agravos relacionados ao trabalho


O CEREST-CG – Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador de Campina Grande, dando continuidade as ações nos municípios pertencentes a sua área de abrangência,  realizou na manhã desta quinta-feira, 14, na cidade de Alagoa Nova, treinamento em notificação de doenças e agravos relacionados aos trabalho, destinado aos profissionais de saúde (nível superior).

Os técnicos do CEREST, além de terem apresentando as estratégias para a notificação dos casos de doenças e/ou agravos relacionados ao trabalho, também fizeram uma exposição sobre a PNST – Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, bem como da missão da unidade de saúde do trabalhador.

O treinamento foi realizado pelos engenheiros de segurança Artur César Sartori e Rafael Antônio Rosa Romero e o advogado Wanderlan Figueiredo.
O município de Alagoa Nova foi o primeiro a receber o Projeto Valorizar Gari durante a Campanha Abril Verde & Amarelo, mês dedicado à prevenção e combate a acidentes de trabalho e doenças laborais.

      Texto: ASCOM – CEREST-CG

No Parque do Povo equipes do Cerest divulgam campanha de conscientização contra a exploração da mão de obra infantil


Equipes do Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador (CEREST-CG), realizaram na noite da última terça-feira (12), Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, uma ação de prevenção e conscientização contra a exploração da mão de obra infantil. O trabalho aconteceu no Parque do Povo, local onde até o dia 08 de julho serão realizados os festejos do Maior São João do Mundo.
A ação de apoio à Campanha do Ministério Público do Trabalho (MPT) e Prefeitura de Campina Grande, que defende o slogan “Quando a Infância é perdida, não tem Jogo Ganho”, se propõe a combater o trabalho e a exploração sexual infantil no Parque do Povo, onde foram distribuídos materiais educativos (leques e cordéis, entre outros) abordando a temática.
Um desses cordéis já trabalhado pelo Cerest desde o ano passado trata sobre Acidente de Trabalho, com a adequação técnica de seus conteúdos em forma de versos, de autoria do poeta cordelista Rui Vieira. Outro cordel distribuído – Erradicação do Trabalho Infantil -  defende o não trabalho infantil e alerta à sociedade para erradicar esta grave problemática.
Segundo a coordenadora do Cerest, Anna Karla Souto Maior, essa ação teve com meta sensibilizar os turistas e campinenses, que frequentam o Parque do Povo durante os festejos juninos. “Conversamos com os comerciantes para que não seja utilizada a prática da exploração do trabalho infantil e de adolescente”, ressaltou Anna Karla.
Também foi solicitado aos barraqueiros que evitem levar seus filhos para o Parque do Povo, tendo em vista que os mesmos costumam ficar até de madrugada, quando a festa termina.



Texto: Ascom - CEREST-CG
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CEREST-CG DEBATE PROBLEMA DO TRABALHO INFANTIL DURANTE CAPACITAÇAO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM QUEIMADAS


trabalho infantil é uma realidade. As desigualdades socais e a ausência de mecanismos que assegurem a proteção à infância e à adolescência dão margem para que essa forma de exploração exista. Entretanto, essa realidade precisa e deve ser mudada.
Durante ação realizada na manhã deste terça-feira, 12, na cidade de Queimadas, pelo CEREST-CG - Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador, os técnicos abordaram a problemática do trabalho infantil, cujo Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil transcorre neste dia.
De acordo com Anna Kara Souto Maior, coordenadora geral do CEREST-CG, a temática em discussão, que foi inserida na programação da em notificação aos agravos à saúde dos trabalhadores, tendo como público alvo os profissionais de saúde daquele município, foi fundamental, uma vez que a notificação em crianças e adolescentes é compulsória.

Participaram da capacitação os profissionais de nível superior da saúde. Os técnicos do CEREST-CG: o engenheiro de segurança Artur Sartori e o técnico de segurança Rafael Silva,   passaram informações sobre as estratégias de notificação das doenças e dos agravos relacionados à saúde dos trabalhadores, bem como sobre o papel do órgão.

“A partir deste treinamento os profissionais estarão prontos a notificar os problemas relacionados à doenças e outros agravos relacionados à saúde dos trabalhadores”, disse Ana Karla, que acompanhou a capacitação, considerando-a de proveitosa.

TEXTO: ASCOM – CEREST-CG

Crianças que trabalham nas ruas estão expostas a todos os tipos de riscos


Em toda cidade grande é possível ver crianças trabalhando nas ruas, seja como vendedor ambulante, flanelinha, lavando para-brisas nos sinais, dentre outras situações de risco. Tais atividades são reflexos da pobreza, muitos fazem isso para complementar a renda familiar, sacrificando estudos e a garantia de futuro melhor.
Nessa situação, as crianças estão expostas a todos os tipos de riscos, são constantemente assediadas, especialmente as meninas. Podem ser atropeladas, além dos danos causados à saúde física e psicológica.
O trabalho nas ruas e outros logradouros públicos, seja no comércio ambulante, guardador de carros, transporte de coisas, pode comprometer o desenvolvimento afetivo, gerar dependência química, atividade sexual precoce, desidratação, hipotermia, ferimentos, além de outros malefícios, conforme descrito na lista das piores formas de trabalho infantil.
O trabalho infantil nas ruas é uma situação degradante e perigosa. Criança nenhuma deve ser exposta a esses riscos. Seu lugar é na escola, somente assim pode-se garantir perspectiva de melhoria de sua condição social, com educação de qualidade.
Denuncie
Para denunciar situações de trabalho infantil nas ruas DISQUE 100 ou ligue para o TST/CSJT, no número 0800 644 3444.

Reprodução: http://www.tst.jus.br

Pais agricultores ensinam seus filhos a trabalhar na lavoura desde pequenos

As condições de trabalho expõem a vulnerabilidade dos meninos e meninas a dois agentes agressivos: vida precária, com alimentação e moradia inadequadas, e situações de riscos psicológicos, sociais, físicos, químicos e biológicos. Os meninos e meninas estão em situação vulnerável, uma vez que as famílias da maioria enfrentam dificuldades – mães criando a famílias sozinhas, ou pais desempregados. Parte desses meninos e meninas garante a feira da família e o pagamento de água e energia.

É considerado prejudicial à saúde e segurança, o trabalho com fumo, algodão, sisal, cana de açúcar, assim como na pulverização e manuseio de agrotóxicos, ou ainda com tratores e outras máquinas agrícolas.
O trabalho infantil rural, assim como os outros tipos de trabalho infantil, rouba das crianças sonhos e a oportunidade de um futuro melhor. São filhos e filhas de pequenos produtores rurais que, por falta de dinheiro, são empregados em locais perigosos e insalubres, ganhando salários baixíssimos para subsistência.
Muitos pais que são produtores rurais ensinam seus filhos desde pequenos a trabalhar na lavoura, porém, isso também configura trabalho infantil de risco, já que não há equipamento de segurança necessário e muitas vezes, não há formação metodológica e/ou proteção de acidentes de trabalho.
As empresas que forem autuadas utilizando matéria-prima que vem de fazendas com trabalho infantil serão multadas, e os produtores podem ser impedidos de ser contratados para a próxima colheita.
O menor de idade só pode trabalhar na lavoura na condição de aprendiz, seguindo os parâmetros do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e da Constituição: maior de 14 anos, matriculado e frequentando a escola.
Denuncie
Para denunciar situações de trabalho infantil no campo DISQUE 100 ou ligue para o TST/CSJT, no número 0800 644 3444.

Reprodução: http://www.tst.jus.br/web/trabalho-infantil

CEREST-CG recebe voto de congratulações pela realização do I Fórum em Saúde do Trabalhador da 2ª Macrorregião de Saúde da Paraíba


A realização na FIEP, em abril do  corrente ano, do I Fórum em Saúde do Trabalhador da 2ª Macrorregião de Saúde da Paraíba,  recebeu da Câmara de Vereadores um voto de congratulações. O requerimento no 819/2018, de autoria do vereador Janduy Ferreira, foi subscrito pelos edis Alexandre Pereira da Silva e Márcio Melo Rodrigues.


O ofício encaminhado à coordenadora geral do CEREST-CG, Anna Karla Souto Maior, comunicando a informação, foi assinado pela presidente da Câmara Municipal – Casa de Félix Araújo, a vereadora Ivonete Ludgério e o secretário da casa, Bruno Faustino.

Para Anna Karla, o voto de congratulações ao CEREST, constante na Ata dos trabalhos da Câmara Municipal, é de grande importância, tendo em vista representar o reconhecimento  de um dos mais importantes eventos realizados durante a campanha Abril Verde & Amarelo.

“O mérito é de todos os profissionais do CEREST, bem como dos nossos parceiros, que não mediram esforços para o Fórum acontecer de forma exitosa”, afirma Anna Karla.

Texto: Ascom – CEREST-CG

Trabalho infantil doméstico em casa de terceiros é uma das formas mais comuns e tradicionais de trabalho infantil


O trabalho infantil doméstico em casa de terceiros é uma das formas mais comuns e tradicionais de trabalho infantil. As meninas, meninos e adolescentes que realizam atividades domésticas são "trabalhadores invisíveis", pois seu trabalho é realizado no interior de casas que não são as suas, sem nenhum sistema de controle e longe de suas famílias. Este grupo é provavelmente o mais vulnerável e explorado, bem como o mais difícil de proteger.
O trabalho rouba a infância das crianças, impede o acesso à escola, às brincadeiras com outras pessoas de sua idade, e abre espaço para outras violações, tais como o abuso psicológico e sexual, além da privação de liberdade e dignidade.
Segundo o Decreto 6481/2008, o trabalho doméstico apresenta sérios riscos ocupacionais às crianças, tais como posições não ergonômicas e movimentos repetitivos, tracionamento da coluna vertebral, sobrecarga muscular, traumatismos, queimaduras, entre outros.

Denuncie
Para denunciar situações de trabalho infantil doméstico DISQUE 100 ou ligue para o TST/CSJT, no número 0800 644 3444.



Prática do trabalho infantil no Brasil ainda é problemática


A exploração da mão de obra de crianças e adolescentes ainda é praticada em muitos países, como no Brasil, em geral nas regiões economicamente menos favorecidas, por causa da necessidade de renda familiar. Estatísticas da própria OIT mostram um panorama mundial em que 168 milhões de crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, estão em situação de trabalho infantil, cerca de 11% da totalidade da população infantil e mais da metade (85 milhões) está envolvida com trabalhos perigosos.
Mesmo com muitas normas proibindo o trabalho infantil, essa exploração ainda é alta nos municípios brasileiros, apesar de o governo ter se comprometido a erradicar as piores formas de trabalho infantil até 2020. A OIT considera as "piores formas de trabalho infantil" certas atividades nocivas e cruéis aos jovens, como o trabalho escravo, o uso de crianças em conflitos armados, a prostituição de menores e o uso de jovens na produção e tráfico de drogas. O trabalho em canaviais, em minas de carvão, em funilarias, na metalurgia e junto a fornos quentes são formas nocivas registradas no Brasil.
No Brasil, só é permitido começar a trabalhar a partir dos 16 anos, exceto nos casos de trabalho noturno, perigoso, insalubre ou penoso, nos quais a idade mínima é de 18 anos, sendo permitido o trabalho a partir dos 14 anos, mas somente na condição de aprendiz. Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a pessoa é considerada criança até os 12 doze anos incompletos e adolescente, dos 12 completos aos 18 anos incompletos e o ECA conceitua Trabalho Infantil como aquele realizado por crianças ou adolescentes com idade inferior a 16 anos, a não ser na condição de aprendiz.

Informações: http://www.tst.jus.br

No País, a cada dia, pelo menos sete crianças e adolescentes são vítimas de acidentes graves, no trabalho.



 Por Thiago Moraes 


Apesar de chocante, o número de vítimas é maior, já que essa estimativa é baseada apenas nos registros oficiais de acidentes de trabalho. Mais do que perder a infância exercendo atividades precoces, crianças e adolescentes no Brasil inteiro estão perdendo a vida e sendo mutiladas, vítimas de acidentes graves, em trabalhos insalubres e perigosos.
Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), órgão do Ministério da Saúde, entre 2007 e 2015, foram registradas no País 187 mortes de crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, e 518 casos de vítimas que tiveram a mão amputada, no trabalho, informa reportagem do MPT.

A campanha
Para tentar mudar essa realidade, o Ministério Público do Trabalho (MPT) lançou a campanha nacional de combate à exploração do trabalho infantil. Com o slogan “Quando a infância é perdida, não tem jogo ganho”, a campanha foi lançada no último dia 30, às 9h, no auditório da Fiep, em Campina Grande. O evento foi em parceria com a Prefeitura Municipal e o Instituto Solidarium, iniciando as ações preventivas do São João de Campina Grande.
O procurador do Trabalho Raulino Maracajá ressaltou que, em grandes eventos, como São João, Copa do Mundo e Eleições, o trabalho infantil tende a aumentar, inclusive a exploração sexual comercial (esta considerada crime e uma das piores formas de trabalho infantil). “Este ano, teremos esses três eventos. A ideia é chamar todos para o combate, com ações nas redes sociais e, ainda, apoio de TVs e rádios”, informou.
“A ideia da campanha é sensibilizar sociedade e órgãos públicos para que tomem consciência da exploração precoce do trabalho e assumam sua responsabilidade no combate”, afirmou Maracajá.
A campanha foi desenvolvida pela agência Sin Comunicação. Um vídeo e um spot de rádio foram criados, além de outras peças como cartaz, leque, outdoor, busdoor, camisa, cards para redes sociais.
15,6 mil crianças acidentadas no trabalho
Nos últimos seis anos (2012 a 2017), 15.675 crianças e adolescentes no Brasil (até 17 anos) foram vítimas de acidentes graves no trabalho, segundo o Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, ferramenta do MPT e da OIT. Do total de vítimas, 72% (11.329) são do sexo masculino e 27,7% (4.346) são do sexo feminino.
2,7 milhões de crianças e adolescentes trabalham
No Brasil, cerca de 2,7 milhões de crianças e adolescentes, na faixa etária de 5 a 17 anos, são explorados pelo trabalho precoce (dos quais 74 mil na Paraíba, sendo 64% do sexo masculino e 36% do sexo feminino), segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2015), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essas estatísticas também são uma amostragem e, portanto, não consideram as vítimas do narcotráfico e nem de outras atividades ilícitas e insalubres.
Para o Ministério Público do Trabalho (MPT), esse é um “jogo” sem vencedores, pois o futuro de milhares de crianças está ameaçado.
“O trabalho precoce afasta meninos e meninas da escola. O cansaço e o desestímulo aumentam a evasão e as chances de fracasso escolar. Então, muitos abandonam a escola e milhares de crianças acabam tendo o futuro comprometido”, afirmou o procurador do Trabalho Raulino Maracajá, que está coordenando a campanha na Paraíba.
Ele acrescentou que, com baixa escolaridade, jovens egressos do trabalho infantil não terão boas oportunidades de inserção no mercado de trabalho. Sem formação e sem emprego, jovens ficam mais vulneráveis, mais próximos da criminalidade e mais longe dos seus sonhos.
“É esse ciclo de pobreza e de exploração que precisamos vencer. Por isso, convocamos toda a sociedade, nossos atletas da Seleção Brasileira de Futebol, nossos artistas e a imprensa do País inteiro para jogar em um ‘grande time’ contra o trabalho infantil. Pois, se a infância é perdida, não tem jogo ganho. É um jogo sem vencedores e o Brasil todo sai derrotado”, pontuou Raulino Maracajá.
Ele destacou que esse trabalho de prevenção e combate deve ser contínuo e que, em Campina Grande, o MPT e a Secretaria de Assistência Social fazem um acompanhamento o ano todo com famílias de crianças flagradas trabalhando.
RANKING – PERCENTUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES,
5 A 17 ANOS, TRABALHANDO
Unidade da Federação – (%)
1º) São Paulo – 15,2
2º) Minas Gerais – 12,4
3º) Bahia – 9,0
4º) Rio Grande do Sul – 6,7
5º) Pará – 6,3
6º) Paraná – 5,9
7º) Maranhão – 5,4
8º) Pernambuco – 4,6
9º) Goiás – 3,7
10º) Santa Catarina 3,6
11º) Paraíba, Piauí e Ceará – 2,8%
12º) Rio de Janeiro – 2,7
13º) Amazonas e Mato Grosso – 2,2
14º) Sergipe e Espírito Santo – 1,8
15º) Mato Grosso do Sul – 1,7
16º) Rio Grande do Norte – 1,6
17º) Alagoas e Rondônia – 1,2
18º) Tocantins – 0,8
19º) Distrito Federal – 0,7
20º) Acre – 0,6
21º) Roraima – 0,3
22º) Amapá – 0,2
(Fonte: IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios/PNAD/2015).
DADOS:
– NO BRASIL – MAIS DE 15 MIL CRIANÇAS E ADOLESCENTES (15.675), DE 5 A 17 ANOS, FORAM VÍTIMAS DE ACIDENTES GRAVES NO TRABALHO, NOS ÚLTIMOS SEIS ANOS (2012 A 2017).
– 72% DAS VÍTIMAS (11.329) SÃO DO SEXO MASCULINO E 27,7% (4.346) DO SEXO FEMININO.
– DADOS SÃO CHOCANTES, MAS O NÚMERO DE VÍTIMAS PODE SER MUITO MAIOR, JÁ QUE OS DADOS CONSIDERAM APENAS OS REGISTROS OFICIAIS (CAT – COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO).
(FONTE: OBSERVATÓRIO DIGITAL DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO, FERRAMENTA DO MPT E DA OIT).
– FORAM REGISTRADAS NO PAÍS 187 MORTES DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES, ENTRE 5 E 17 ANOS, E 518 VÍTIMAS QUE TIVERAM A MÃO AMPUTADA, NO PERÍODO ENTRE 2007 E 2015. (FONTE: SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN), ÓRGÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE)
– NO BRASIL – 2,7 MILHÕES DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES, DE 5 A 17 ANOS, SÃO EXPLORADOS PELO TRABALHO PRECOCE. MAIORIA DAS VÍTIMAS É DO SEXO MASCULINO.
– NA PARAÍBA- 74 MIL ESTÃO NO TRABALHO INFANTIL, 64% SÃO DO SEXO MASCULINO. (FONTE: PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS – PNAD 2015/IBGE).

http://www.paraibaradioblog.com

Campanha de combate ao trabalho infantil é lançada em Campina Grande



“Quando a infância é perdida, não tem jogo ganho”.
É esse o título da campanha lançada na manhã da última quarta-feira, 30, pela Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria de Assistência Social (Semas), e pelo Ministério Público do Trabalho, no enfrentamento e combate ao trabalho infantil durante o Maior São João do Mundo.
O evento aconteceu no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep).
O procurador-geral do Município, José Mariz, representou o prefeito Romero Rodrigues na ocasião, enquanto o secretário executivo da Semas, Rubens Nascimento, foi representado por Maésio Tavares Melo.
Os procuradores do MPT, Raulino Maracajá e Carlos Eduardo, o juiz titular da Vara da Infância e Juventude da comarca e Campina Grande, Algacyr Negromonte, e o deputado estadual Bruno Cunha Lima, representando a Assembleia Legislativa, prestigiaram a solenidade.
Também compareceram representantes das secretarias de Saúde e Educação, Conselho Tutelar e todas as instituições que compõem a Rede de Proteção à Criança e Adolescente de Campina Grande (Redeca).
A Ação Intersetorial é realizada em parceria com o MPT desde 2014, tendo como intuito o combate e a prevenção à exploração do trabalho infantil e sexual, bem como venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos no interior do Parque do Povo durante o Maior São João do Mundo. Em 2018, a festa acontece entre os dias 8 de junho e 8 de julho.
Cerca de 45 técnicos sociais vão realizar as ações de quinta a domingo, e nos dias que a festa receber um número maior de visitantes, nos grandes shows ou nos feriados, totalizando 23 noites.

Apresentação cultural
O lançamento da campanha contou com a apresentação cultural do grupo de crianças e adolescentes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), com a peça “Todo dia é 18”, alusivo ao dia 18 de maio, data que marca a luta contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, e do grupo Tamanquinhos das Artes.
Para o procurador do MPT Raulino Maracajá, a campanha tem o intuito de trazer o tema de exploração sexual e de trabalho infantil à tona no São João.
“A cidade de Campina Grande recebe no período do Maior São João do Mundo um grande número de turistas. Então tentamos reduzir os números alarmantes de trabalho infantil e sexual, conseguindo êxito desde de 2014, quando se iniciou a ação intersetorial. Em 80% dos casos onde foi detectado a violação de direitos no Parque do Povo atingimos um bom grau de resolutividade”, declarou.
Durante a solenidade, as autoridades reiteraram que os comerciantes que forem flagrados explorando o trabalho de crianças no Parque do Povo, ou comercializando bebidas alcóolicas para menores de 18 anos, serão descredenciados e não poderá renovar o cadastro para o ano seguinte.
Esse ano a Ação Intersetorial ganhará um destaque internacional. A Organização Internacional do Trabalho (OIT), que faz parte das Nações Unidas, fará uma visita técnica de acompanhamento das equipes de abordagem social durante os festejos junino.
A portaria 01/2018, emitida pela Vara da Infância e Juventude de Campina Grande, dispõe sobre a hospedagem, entrada de crianças e adolescentes no interior do Parque do Povo, casas de espetáculo e eventos ligados ao Maior São João do Mundo.
Segundo o juiz titular da comarca de Campina Grande, Algacyr Negromonte, a portaria disciplina a entrada de criança e adolescente que são pessoas de 12 anos incompletos até 16 incompletos.
“Entre 16 e 18 anos o jovem pode entrar livremente no Parque do Povo, sem nenhum problema. O jovem entre 12 e 16 anos incompletos só pode ter acesso à festa acompanhado pelos pais, tutores ou responsáveis legais. Caso esteja sendo acompanhado por um terceiro, será obrigatória a apresentação de uma autorização por escrito, assinada pelo responsável, válido apenas por uma noite, sendo retido o documento pela portaria do Parque do Povo”, detalhou o magistrado.
O modelo do formulário de autorização está disponível no site do Tribunal de Justiça da Paraíba e na Vara da Infância e Juventude de Campina Grande.
Fonte: Da Redação com Ascom


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R. Maestro Alcides Leão, 595, Bairro Santa Cruz (ao lado do INSS). Campina Grande, Paraíba, Brazil

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