O Fórum Estadual de Prevenção e
Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente na
Paraíba (Fepeti/PB), promoveu no último dia 27, na cidade de Monteiro, uma
oficina sob a temática: Trabalho Infantil e Rede de Proteção. O evento contou
com a participação do Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador
(CEREST-CG) e do Centro de Referência Estadual de Saúde do Trabalhador, sediado
em João Pessoa.
A oficina de grande relevância para a
discussão da problemática do trabalho infantil, reuniu representações de vários
órgãos, instituições e secretarias dos municípios que formam a 5ª Região do
Cariri Ocidental, tais como:, Camalaú, Caraúbas, Congo, Coxixola, Gurjão,
Monteiro, Ouro Velho, Parari, Prata, São João do Cariri, São João do Tigre, São
José dos Cordeiros, São Sebastião do Umbuzeiro, Serra Branca, Sumé e Zebelê.
O CEREST-CG participou do evento para
mostrar a importância das ações preventivas aos municípios, bem como fazer um
apelo para que os mesmos, através de seus serviços tenham um olhar especial no
que se refere à notificação dos casos de TI e assim “podermos desenvolver algum
trabalho de intervenção”, explica Anna Karla Souto Maior, coordenadora do CEREST-CG.
Para Anna Karla, as discussões em
torno do combate ao trabalho e erradicação infantil é importante, porque ajuda
a fortalecer a luta que vem sendo desenvolvida pelas entidades que estão à
frente da causa. “A participação direta dos municípios, no repasse das
informações a respeito dessa problemática, contribuiu diretamente com o CEREST a
promover ações de intervenção para prevenir e combater o TI que prejudica
milhares de crianças em nosso Estado”, afirmou.
Segundo estatísticas do FEPETI, milhares
de crianças e adolescentes são vítimas de acidentes e adoecimento do trabalho
precoce, com alguns casos de mortes e mutilações. “Prevenir e combater o
trabalho infantil em todas as suas formas é um direito do Estado, através das
políticas públicas gerenciadas pelas instituições e órgãos envolvidos
diretamente com este processo. O trabalho precoce prejudica o desenvolvimento
físico, psíquico e moral de crianças e adolescentes, além de provocar a evasão
escolar e a exclusão social”, frisou Anna Karla.
De acordo ainda com a coordenadora do
CEREST-CG, existem várias formas do trabalho infantil, sendo as mais conhecidas:
venda de jornais e revistas; exploração sexual (a pior forma), venda de balas e
outros produtos nos semáforos e dentro dos transportes coletivos, lavar carros
e engraxar sapatos, atividades domésticas, fazer malabarismos e limpar
para-brisas nos Semáforos, além de
acompanhar os pais na catação de materiais recicláveis e no trabalho da agricultura.
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