Brasil registra 700 mil acidentes de trabalho anualmente

O Dia Mundial em Memórias das Vítimas de Acidentes de Trabalho surgiu no Canadá, por iniciativa do movimento sindical, como ato de denúncia e protesto contra as mortes e doenças causadas pelo trabalho, espalhando-se por diversos países. Esse dia foi escolhido em razão de um acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, em 1969.


Para celebrar esta data, o Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador - CEREST/CG, programou um dia de mobilização na Praça da Bandeira. As ações educativas e de orientação sobre direitos trabalhistas, previdenciários e da saúde, além de outras atividades serão realizada em 26 do corrente mês.

Indicadores da Organização Internacional de Saúde (OIT) mostram que, por dia, morrem 5 mil trabalhadores acidentados durante suas atividades laborais. No Brasil, nos últimos anos, o número de acidentes de trabalho vem crescendo. São cerca de 700 mil casos de acidentes de trabalho todos os anos, sem contar os casos não notificados oficialmente, de acordo com o Ministério da Previdência.

Na Paraíba os acidentes de trabalho aumentaram, segundo uma pesquisa feita pela Previdência Social. No período de dois anos, essas notificações no Estado subiram 3,98%, saindo de 4.914 casos em 2009 para 5.110 em 2011.

Os dados fazem parte do Anuário Estatístico de Trabalho 2011, apontado pelo órgão como o estudo mais recente sobre o assunto. Os dados relativos a 2012 ainda não foram divulgados.

Em Campina Grande, no período de 2007 a 2012, foram registrados 582 acidentes de trabalho graves. A LER/DORT (Lesões por Esforço Repetitivo/Doenças Osteomusculares) totalizaram 386 casos, enquanto os acidentes decorrentes do manuseio de material biológico somaram 42 casos, e os de intoxicação exógena, 47 casos.

Somente em 2011 foram notificados 46 acidentes graves de trabalho, e no ano passado, o CEREST/CG registrou 53 casos.

Quanto aos óbitos decorrentes de acidentes de trabalho, a unidade de saúde do trabalhador de Campina Grande notificou e investigou dois casos em 2012 e um no primeiro trimestre deste ano.

Vale ressaltar que estes dados referem-se apenas aos trabalhadores com carteira assinada, ou seja, os celetistas, os demais trabalhadores não constam nesta estatística. “Além disto, sabemos que estes dados não refletem à realidade destes trabalhadores, há uma grande subnotificação”, afirma a coordenadora do Centro.







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R. Maestro Alcides Leão, 595, Bairro Santa Cruz (ao lado do INSS). Campina Grande, Paraíba, Brazil

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