O Brasil ocupa o quarto lugar no ranking
mundial de acidentes de trabalho, atrás apenas da China, Índia e Indonésia. De
2012 a 2018, o país gastou R$ 27,3 bilhões com esses dramas. Em consequência,
no período, os brasileiros perderam 318,4 mil dias de trabalho.
Apenas no primeiro trimestre desse ano, as
despesas estimadas com benefícios acidentários já ultrapassam R$ 1 bilhão,
somados auxílios-doença, aposentadorias por invalidez, pensões por morte e
auxílios-acidente. E a maior causa desses transtornos é a falta de prevenção à
saúde, de acordo com estudo do Ministério Público do Trabalho (MPT).
A questão é que, embora caótica, a situação
poderá ficar pior com as novas normas impostas pela reforma trabalhista, na
análise dos procuradores responsáveis pelo Observatório Digital de Saúde e
Segurança do Trabalho (Smartlab) – em parceria com a Organização Internacional
do Trabalho (OIT).
“As mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho tende a
aumentar o número de acidentes. Em primeiro lugar, por conta da terceirização
irrestrita. É entre os terceirizados que acontece o maior número de tragédias.
E também pelas novas orientações para o trabalho insalubre sem um estudo
profundo do perigo. O custo fica com a sociedade”, assinalou Leonardo Osório,
coordenador nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho do MPT.
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