Os
transtornos mentais são comuns, impactam na vida laboral e social das pessoas e
suas famílias, repercutindo no bem-estar, além de representar custos
expressivos para os sistemas de saúde e previdência, bem como outros programas
de proteção social em todo o mundo.
Esses
transtornos têm determinação complexa e multifatorial, que envolve a dimensão
biológica e seu componente genético, a dimensão social, como a pobreza, moradia
e vizinhança, gênero, dentre outras, e acesso ao cuidado e desenvolvimento de
resiliência, como a educação e apoio social.
O
trabalho é um importante determinante social da saúde em geral e,
especialmente, da saúde mental. São conhecidos vários estressores ocupacionais
relacionados à organização do trabalho, como a sobrecarga e desequilíbrio na
divisão de tarefas e poder, que podem dar lugar ao assédio moral, dentre outras
formas de violência.
A
exposição ao ruído excessivo e a agentes químicos, como os agrotóxicos, pode
resultar em agravos neurológicos e psíquicos. A associação do trabalho com
transtornos mentais é alvo de muitos estudos, que recomendam proteção especial
dos trabalhadores expostos a fatores de risco e já afetados, como os afastamentos
laborais com benefícios acidentários da Previdência, acesso a cuidados à saúde,
medidas coletivas de prevenção, dentre outras.
Entretanto,
o nexo ocupacional desses agravos é ainda pouco investigado, reconhecido e
raramente registrado. No SUS, transtornos mentais associados ao trabalho são de
notificação compulsória no Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN).
Fonte:
Abril/2019 – Centro Colaborador da Vigilância dos Agravos à Saúde do
Trabalhador - Boletim Epidemiológico -
Edição nº 13, ano IX
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