sábado, 7 de outubro de 2017

Cerest-CG participa de oficina de prevenção e erradicação do trabalho infantil em Monteiro

O Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente na Paraíba (Fepeti/PB), promoveu no último dia 27, na cidade de Monteiro, uma oficina sob a temática: Trabalho Infantil e Rede de Proteção. O evento contou com a participação do Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador (CEREST-CG) e do Centro de Referência Estadual de Saúde do Trabalhador, sediado em João Pessoa.

A oficina de grande relevância para a discussão da problemática do trabalho infantil, reuniu representações de vários órgãos, instituições e secretarias dos municípios que formam a 5ª Região do Cariri Ocidental, tais como:, Camalaú, Caraúbas, Congo, Coxixola, Gurjão, Monteiro, Ouro Velho, Parari, Prata, São João do Cariri, São João do Tigre, São José dos Cordeiros, São Sebastião do Umbuzeiro, Serra Branca, Sumé e Zebelê.

O CEREST-CG participou do evento para mostrar a importância das ações preventivas aos municípios, bem como fazer um apelo para que os mesmos, através de seus serviços tenham um olhar especial no que se refere à notificação dos casos de TI e assim “podermos desenvolver algum trabalho de intervenção”, explica Anna Karla Souto Maior, coordenadora do CEREST-CG.

Para Anna Karla, as discussões em torno do combate ao trabalho e erradicação infantil é importante, porque ajuda a fortalecer a luta que vem sendo desenvolvida pelas entidades que estão à frente da causa. “A participação direta dos municípios, no repasse das informações a respeito dessa problemática, contribuiu diretamente com o CEREST a promover ações de intervenção para prevenir e combater o TI que prejudica milhares de crianças em nosso Estado”, afirmou.

Segundo estatísticas do FEPETI, milhares de crianças e adolescentes são vítimas de acidentes e adoecimento do trabalho precoce, com alguns casos de mortes e mutilações. “Prevenir e combater o trabalho infantil em todas as suas formas é um direito do Estado, através das políticas públicas gerenciadas pelas instituições e órgãos envolvidos diretamente com este processo. O trabalho precoce prejudica o desenvolvimento físico, psíquico e moral de crianças e adolescentes, além de provocar a evasão escolar e a exclusão social”, frisou Anna Karla.

De acordo ainda com a coordenadora do CEREST-CG, existem várias formas do trabalho infantil, sendo as mais conhecidas: venda de jornais e revistas; exploração sexual (a pior forma), venda de balas e outros produtos nos semáforos e dentro dos transportes coletivos, lavar carros e engraxar sapatos, atividades domésticas, fazer malabarismos e limpar para-brisas nos  Semáforos, além de acompanhar os pais na catação de materiais recicláveis e no trabalho da  agricultura.

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